terça-feira, 27 de maio de 2008

Romantismo

Tendência que se manifesta nas artes e na literatura do final do século XVIII até o fim do século XIX. Nasce na Alemanha, na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e de lá se espalha pela Europa e pelas Américas. Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade cristã, a natureza, os temas nacionais e o passado. A tendência é influenciada pela tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Também está impregnada de ideais de liberdade da Revolução Francesa (1789).

* Gonçalves Dias – Protagonista da 1ª Geração do Romantismo

A 1ª Geração do Romantismo teve como principal escritor o maranhense Gonçalves Dias. Ele, apesar de não ter introduzido o gênero no Brasil (papel este de Gonçalves de Magalhães), foi o responsável pela consolidação da literatura romântica por aqui.
A exaltação da natureza, a volta ao passado histórico e a idealização do índio como representante da nacionalidade brasileira são temas típicos do Romantismo presentes nas obras de Gonçalves Dias. Assim, sua obra poética pode ser dividida basicamente em lírica (o amor, o sofrimento e a dor do homem romântico - “Se se morre de amor”), medieval (uso do português arcaico - “Sextilhas de frei Antão”) e nacionalista (exaltação da pátria distante - “Canção do Exílio”).
Porém, o traço mais forte da obra romântica de Gonçalves Dias é o Indianismo. Ele é considerado o maior poeta indianista brasileiro e possui em sua obra poemas como “I-Juca Pirama”, onde a figura do índio é heróica, chegando até a ficar “europeizada”.
Utilizador de alta carga dramática e lírica em suas poesias, com métrica, musicalidade e ritmos perfeitos, Gonçalves Dias se considerava uma “síntese do brasileiro”, por ser filho de pai português e mãe mestiça de índios com negros e talvez, por isso, tenha citado tanto as três raças em sua obra, todas de forma distinta.

* José de Alencar – O pai dos Romances Indianistas e Urbanos

Os romances do Romantismo levaram ao leitor da época uma realidade idealizada, com a qual eles se identificaram (escapismo, fuga da realidade, típica característica do Romantismo). Entre eles, o romance indianista foi o que mais fez sucesso entre o grande público, por trazer consigo personagens idealizados, representados por índios. Estes “heróis” eram uma tentativa dos autores de simbolizar uma tradição do Brasil, o que nem sempre acontecia, devido à caracterização artificial do personagem, mais “europeizada” ainda que os indígenas de Gonçalves Dias.
José de Alencar foi o maior autor da prosa romântica no Brasil, principalmente dos romances indianistas e urbanos. Tentando estabelecer uma linguagem do Brasil, Alencar consolidou a modalidade no país e lançou clássicos como “O Guarani” e “Senhora”.
O indianismo de José de Alencar está presente no já citado “O Guarani”, além de outros clássicos como “Iracema” e “Ubirajara”. Alencar defende o estabelecimento de um “consórcio entre os nativos (que fornecem a abundante natureza) e o europeu colonizador (que, em troca, oferece a cultura, a civilização). Dessa forma, surgiu então o brasileiro. Em todo o momento, a natureza da pátria é exaltada, um cenário perfeito para um encontro simbólico entre uma índia e um europeu, por exemplo.
Já em seus romances urbanos, José de Alencar faz críticas à sociedade carioca (em especial) onde cresceu, levantando os aspectos negativos e os costumes burgueses. Nestas obras, há a predominância dos personagens da alta sociedade, com a presença marcante da figura feminina. Os pobres ou escravos são reduzidos ou quase não têm papel relevante nos enredos.
Assim é a premissa básica de histórias de Alencar como “Lucíola”, “Diva” e, claro, “Senhora”. As intrigas de amor, desigualdades econômicas e o final feliz com a vitória do amor (que tudo apaga), marcam essas obras, que se tornaram clássicos da literatura brasileira e colocaram José de Alencar no hall dos maiores romancistas da história do Brasil.

* Visconde de Taunay – a originalidade do Romance Regionalista

O romance regionalista é um gênero da prosa romântica tipicamente brasileiro, completamente original. Isso se deve ao fato de não ter inspiração em modelos europeus, já que os cenários e enredos são basicamente inspirados em paisagens, costumes, valores e comportamentos típicos de pequenos proprietários de regiões brasileiras.
Assim, o autor da obra considerada como o melhor romance regionalista do Brasil, “Inocência”, Visconde de Taunay, utilizou em sua história todos os elementos que representam o regionalismo. A descrição fiel e objetiva de uma região, os confrontos entre o homem do campo ou do sertão (que possui preconceitos contra os costumes da cidade) e o homem urbano (que é liberal em relação aos costumes e subestima o homem rural) são características presentes em “Inocência”, como melhor representante do gênero regionalista.
Os personagens são aqueles clássicos do romantismo, com as mesmas emoções e o mesmo sentimentalismo só que, adaptados ao quadro regional, deslocados para um cenário diferente, que acaba interferindo em seus destinos.
O que Taunay e outros autores regionalistas pretendiam era “conquistar o espaço brasileiro”, mostrar histórias de personagens que enfrentam problemas em meio à seca e o latifúndio do nordeste, romances passados nos pampas gaúchos ou críticas à sociedade baiana da zona do Cacau. Isso tudo, na maioria das vezes, sem nem conhecer tais regiões.
Gonçalves Dias, José de Alencar e Visconde de Taunay escreveram obras diferentes umas das outras, com elementos próprios e técnicas distintas. Ainda assim, todos tinham o mesmo propósito: contribuir com a formação de uma linguagem e de uma cultura brasileira.
O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascensão da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).
Os poetas da escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples. Portanto, desprezam a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. Os poetas arcadistas chegavam a usar pseudônimos (apelidos) de pastores latinos ou gregos.

O Arcadismo no Brasil

No Brasil, o arcadismo chega e desenvolve-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais. É também neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista, principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. Desta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.
Entre os principais poetas do arcadismo brasileiro, podemos destacar Cláudio Manoel da Costa (autor de Obras Poéticas), Tomás Antônio Gonzaga (autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu), Basílio da Gama (autor de O Uraguai), Frei Santa Rita Durão (autor do poema Caramuru) e Silva Alvarenga (autor de Glaura).
As principais características das obras do arcadismo brasileiro são: valorização da vida no campo, crítica a vida nos centros urbanos (fugere urbem = fuga da cidade), uso de apelidos, objetividade, idealização da mulher amada, abordagem de temas épicos, linguagem simples, pastoralismo e fingimento poético. Principais Autores:

* Cláudio Manuel da Costa

Introdutor do Arcadismo no Brasil, Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) estudou Direito em Coimbra. Rico, advogou em Mariana, SP, onde nasceu e estabeleceu-se depois em Vila Rica. Foi um poeta de transição, ainda muito preso ao Barroco. Era grande amigo de Tomás Antônio Gonzaga, como atesta a poesia deste. Tinha os pseudônimos (apelido, no caso dos árcades, de origem pastoril) de Glauceste Satúrnio e Alceste. O nome de sua musa era Eulina. Foi preso em 1789, acusado de reunir os conjurados da Inconfidência Mineira. Após delatar seus colegas, é encontrado morto na cela, um caso de suicídio até hoje nebuloso. Na citação a seguir está presente um elogio ao campo, lugar idealizado pelos árcades. "Quem deixa o trato pastoril, amado,
Pela ingrata civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro da paz não tem provado."

* Basílio da Gama

O poeta José Basílio da Gama (1741-1795), nascido em São João del Rei, MG. Estudou com os Jesuítas no RJ até a expulsão destes do Brasil pelo Marquês de Pombal. Foi para Itália e ingressou na Arcádia Romana, adotando o pseudônimo de Termindo Sipilío. Escapou de acusações de jesuitismo escrevendo elogios ao casamento da filha do Marquês de Pombal. Escreveu O Uruguai ajudado por este e o publicou em 1769. A segunda passagem é uma das passagens mais famosas de sua obra: a morte de Lindóia. "Na idade que eu, brincando entre os pastores,
Andava pela mão e mal andava,
Uma ninfa comigo então brincava,
Da mesma idade e bela como as flores." "Açouta o campo coa ligeira cauda
O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue o lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Conhece, com que dor! No frio rosto
Os sinais do veneno, e vê ferido
Pelo dente sutil o brando peito." O Uruguai

* Tomás Antônio Gonzaga

Nascido em Porto (1744-1810?) de pai brasileiro, estudou na BA e formou-se em Coimbra em Direito, sendo um jurista habilidoso. Envolvido na Inconfidência é preso em 23/05/1789 e mandado para a prisão no Rio de Janeiro. É deportado para a África em 1792. Na África se casa com uma rica herdeira, recupera fortuna e influências e morre, provavelmente, em 1810. Produziu pouco, exceto no curto tempo em que esteve em MG. Apaixonado por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, escreveu Marília de Dirceu em sua homenagem. Ele ia casar-se com ela e partir para a Bahia assumir um cargo de desembargador, mas foi preso uma semana antes. Segundo suas poesias ele não participava da Conjuração, apesar de ser amigo de Cláudio Manuel da Costa. De fato, Gonzaga, acusado de ser o mais capaz de dirigir a Inconfidência e ser o futuro legislador, não suportava Tiradentes. Escreveu também as Cartas Chilenas, que satirizavam seu desafeto, o governador Luís Cunha Meneses. Sua obra apresenta características transitórias para o Romantismo, como a supervalorização do amor e a idealização da mulher em Marília de Dirceu. "Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos ainda não está cortado;
Os Pastores, que habitam este monte,
Respeitam o poder de meu cajado." Marília de Dirceu " Assim o nosso chefe não descansa
De fazer, Doroteu, no seu governo,
Asneiras sobre asneiras e, entre as muitas,
Que menos violentas nos parecem,
Pratica outras que excedem muito e muito
As raias dos humanos desconcertos." Cartas Chilenas

* Santa Rita Durão

O Frei José de Santa Rita Durão (1720-1784), orador e poeta, pode ser considerado o criador do indianismo no Brasil. Seu poema épico Caramuru é a primeira obra a ter como tema o habitante nativo do Brasil; foi escrita ao estilo de Camões, imitando um poeta clássico assim como faziam os outros neoclássicos (árcades). Santa Rita Durão nasceu em Cata Preta (MG) e mudou-se para a Europa aos 11 anos de idade, onde teve grande participação política. Foi também um grande orador.

* Alvarenga Peixoto

Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792) estudou com os jesuítas e formou-se com louvor na Universidade de Coimbra. Foi juiz e ouvidor. Casou-se com uma poetisa e deixou a magistratura, ocupando-se da lavoura e mineração no MG. Foi implicado na Inconfidência Mineira junto com seu parente, Tomás Antônio Gonzaga, e seu amigo Cláudio Manuel da Costa. Sentenciado a morte, teve a sentença comutada para degredo para Angola, onde morreu num presídio. Sua obra artística foi pequena, mas bem acabada. Segue um exemplo.

"Eu vi a linda Jônia e, namorado,
Fiz logo voto eterno de querê-la;
Mas vi depois a Nise, e é tão bela,
Que merece igualmente o meu cuidado."

Barroco

O Barroco foi um período estilístico e filosófico da História da sociedade ocidental, ocorrido desde meados do século XVI até ao século XVII. Foi inspirado no fervor religioso e na passionalidade da Contra-reforma. Didaticamente falando, o Período Barroco, vai de 1582 a 1756.
O termo "Barroco" advém da palavra portuguesa homônima que significa "pérola imperfeita", ou por extensão jóia falsa. A palavra foi rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana.
O ano de 1580 é significativo, marcado pela morte de Camões (e com ela, a decadência do movimento clássico), e pelo fim da autonomia política de Portugal, com o desaparecimento do rei D. Sebastião, na África, sendo que o sucessor foi Felipe II de Espanha, que anexou o reino português aos domínios, na chamada Uni~]ap Ibérica.
O capitólio político passou a ser Madrid, tendo Portugal perdido, além do seu foco político, a importância foco cultural. No século que se seguiu (século XVII), a influência predominante passou a ser a espanhola que se tornou marcante na cultura portuguesa e durante este mesmo período, brotam aos olhos da Espanha uma riquíssima geração de escritores, como Gôngora, Quevedo, Cervantes, Félix Lope de Vega e Calderón de la Barca além de muitos outros.
Em 1640, Portugal inicia a empreitada na reconquista da posição no cenário europeu, libertando-se do domínio espanhol, após D. João IV, da dinastia de Bragança, subir ao trono. Até 1668, muitas lutas correram, contra a Espanha, na defesa da independência e contra os holandeses, em busca de recuperar as colônias da África Ocidental e parte do Brasil.
Este foi um período de intensa agitação social, com esforços permanentes em busca do restabelecimento da vida econômica, política e cultural. Publicaram-se várias obras panfletárias clandestinas, que denotavam posição contrária a corrupção do Estado e a exploração do povo. A mais famosa e significativa é a Arte de Furtar, cuja autoria está atribuída desde 1941 ao Padre Manuel da Costa e é hoje praticamente incontestada (vide a indispensável edição crítica da obra por Roger Bismut, Imprensa Nacional, 1991).

Marquês de Pombal, ministro do rei Dom José, subiu ao poder em 1750, com propostas renovadoras, que inauguraram uma nova fase na história cultural portuguesa. Em 1756, a Arcádia Lusitana demarcou o início de novas concepções literárias.
No Brasil, o período foi marcado por novas diretrizes na política de colonização, e estabeleceram-se engenhos de cana-de-açúcar na Bahia. Salvador, como capital do Brasil, transformou-se em um núcleo populacional importante, e como conseqüência, um centro cultural que, mesmo timidamente, fez surgir grandes figuras, como Gregório de Matos. O Barroco Brasileiro teve início em 1601, tendo como obra significativa, Prosopopéia, de Bento Teixeira, terminando com as obras de Claúdio Manuel da Costa, em 1768, uma introdução ao Neoclassicismo.
O barroco foi desenvolvido no século XVII. Nesse período, o terror provocado pela inquisição tentava limitar pensamentos, manifestações culturais e impor a austeridade.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Classes Gramaticais

SUBSTANTIVO

De acordo com a gramática portuguesa, um substantivo é determinado pelo seu gênero, número e grau.
Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta precedê-lo de um artigo. Exemplo: "O não é uma palavra dura". Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que são substantivos em sua essência) não precisam necessariamente ser precedidos por artigos.


ARTIGO

Artigo, uma matéria, um texto sobre algum assunto que em geral tem uma posição bem determinada;

* Artigo científico, a apresentação de um resultado de pesquisa;
* Artigo gramatical, categoria morfológica dos idiomas naturais.
* Artigo também pode ser a parte de uma lei.

ADJETIVO

Adjetivos são as palavras que caracterizam um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau.
Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios.

Exemplos:
borboletas azuis;
céu cinza;
sandálias sujas.

Da mesma forma que os substantivos,os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos.Assim,distinguimos uma fruta azeda de uma doce,por exemplo.Eles também estão ligados a nossa forma de ver o mundo:o que pode ser bom para uns pode ser mau para outros.

NUMERAL

Numeral é uma palavra (ou expressão) que exprime número, número de ordem, múltiplo ou fração, podendo ser classificado como cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário.

Existem vários de numerais:
* Numerais Cardinais;
* Numerais Coletivos;
* Numerais Fracionários;
* Numerais Multiplicativos;
* Numerais Ordinais.

PRONOME

Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Os pronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas. Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ou nenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo.
O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas do discurso.
Quando um pronome substitui o substantivo ele é chamado de pronome substantivo.
Os pronomes classificam-se em vários tipos. Os pronomes pessoais apontam para algum participante da situação de fala: eu, você, nós, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espaço ou no tempo, como este em "Este é um bom livro". Os pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem está aí?". Os pronomes indefinidos, como alguém ou alguma coisa, preenchem um espaço numa frase sem fornecer muito significado específico, como em "Você precisa de alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzem orações relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa durante a cerimônia de formatura estão encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome recíproco como um (a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentença de maneiras específicas, como em "Ela amaldiçoou a si mesma" e "Eles estão elogiando muito um ao outro, ultimamente".
Como regra geral, um pronome não pode tomar um modificador, mas há umas poucas exceções: pobre de mim, coitado dele, alguém que entenda do assunto, alguma coisa interessante.

Há diversos tipos de pronomes:
* Pronomes Possessivos;
* Pronomes Indefinidos;
* Variáveis;
* Pronomes Definidos;
* Invariáveis;
* Pronomes Pessoais;
* Pronomes Reflexivos;
* Pronomes de Tratamento;
* Pronomes Demonstrativos.

VERBO

Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado.
Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos da seguinte forma:

Quanto à semântica:

* Verbos Transitivos;
* Verbos Intransitivos;
* Verbos de Ligação;
* Verbos Impessoais.

Quanto à conjugação

* Verbos da primeira conjugação;
* Verbos da segunda conjugação;
* Verbos da terceira conjugação.

Flexão:

* Número;
* Pessoa;
* Modo;
* Tempo.

ADVÉRBIO

Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo ou um adjetivo ou um outro advérbio. Raramente modificam um substantivo. É a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
Não se flexionam em gênero mais sim em numero, mas podem sofrer flexão de grau.
Uma locução adverbial ocorre quando duas ou mais palavras exercem função de advérbio. Locuções adverbiais são conjuntos de palavras, geralmente introduzidas por uma preposição, que exercem a função de advérbio: às pressas, à toa, às cegas, às escuras, às vezes, de quando em quando, de vez em quando, à direita, à esquerda, em vão, frente a frente, de repente, de maneira alguma, etc.

A função do adverbio é:
* Morfologicamente: é invariável, ou seja, não apresenta flexão de gênero, numero modo, etc;
* Semanticamente: expressa uma circunstancia como: lugar, tempo, modo, dúvida, afirmação, negação e intensidade;
* Sintacticamente: modifica um verbo, um adjetivo, um outro advérbio ou toda uma afirmação expressa em uma frase.

A classificação dos advérbios é feita de acordo com a semântica. Podem ser distinguidas as seguintes categorias:
Advérbios Sentenciais
* Afirmação;
* Negação;
* Dúvida.

Advérbios Temporais
* Passado;
* Presente;
* Futuro;
* Período

Advérbios de Lugar;

Advérbios de Modo;

Advérbios de Intensidade.

Flexão do advérbio:

* Superlativo;
* Diminutivo.

PREPOSIÇÃO

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Só não pode ligar verbo a verbo: o termo que liga dois verbos (e suas orações) é a conjunção.

Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos", teremos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: "do" liga "alunos" a "colégio", "ao" liga "assistiram" a "filme", "de" liga "filme" a "Walter Salles". Portanto são preposições. O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo que a sucede, regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...", teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.

Tipos de Preposição

* Essenciais;
* Acidentais;
* Locução Prepositiva;
* Contração;
* Combinação;
* Circunstâncias.

CONJUNÇÃO

Conjunção, na gramática, é uma classe de palavras invariáveis que serve para conectar orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de simples coordenação.

Alguns exemplos de conjunções são: portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme etc.

Classificação das Conjunções

* Conjunção Subordinativa;
* Integrantes;
* Adverbiais;
* Conjunção Causal;
* Conjunção Comparativa;
* Conjunção Concessiva;
* Conjunção Condicional
* Conjunção Conformativa;
* Conjunção Consecutiva;
* Conjunção Explicativa;
* Conjunção Final;
* Conjunção Proporcional;
* Conjunção Temporal.

INTERJEIÇÃO

As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abragentemente: sensações e estados de espírito; ou mesmo, serve como auxiliador expressivo para o interlocutor, já que permite a ele a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas lingüísticas mais elaboradas.
As interjeições podem ser classificados de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção:

Alegria: oba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh!
Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
Alívio: ufa!, uf!, arre!, ainda bem!, ah!
Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
Aprovação, aplauso: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
Dor: ai! ui!
Espanto, surpresa, admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, putz!, gente!, céus!, uai!, nossa! (francês: oh lala)
Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
Invocação, chamamento, apelo: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!
Medo,terror: credo!, cruzes! uh!, ui!
Outros exemplos que não representam emoções:
Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
Derivados do inglês: yes! ok!
Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:

a) afogentamento: arreda! - fora! - passa! - sai! - roda! - rua! -toca! - xô! - xô pra lá!
b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
d) admiração: puxa!
e) alívio: ufa!, arre!, também!
f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
g) apelo: alô!, olá!, ó!
h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
l) desculpa: perdão!
m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
p) dúvida: hum! Hem!
q) cessação: basta!, para!
r) invocação: alô!, ô, olá!
s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
v) saudade: ah!, oh!
x) suspensão: alto!, alto lá!
z) interrogação: hei!…
w) silêncio: psiu!, silêncio!, caluda!, psiu! (bem demorado)
y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!